quarta-feira, 21 de outubro de 2009

LETARGIA

Os dias passam pesados, lentos…

Vivo, a cada um, os meus tormentos,

A cabeça  ausente, dormente,

O desespero latente…

Vejo a vida passar da minha janela,

Como uma bruma difusa, um borrão

Se aquela é a minha vida,

Como dizer-lhe que não?

Sinto a mente separar-se do corpo, volátil

E lá do alto, mostrar-me insana, abjecta

E não há lágrimas que apaguem em mim

Este não ser e esta maldita faceta,

Que condeno a cada passo, cada dia

Mas a que não sei fugir, condenada à letargia.

Alex 21/10/2009

2 comentários:

AJDiogo disse...

Malvada letargia.
Ola Alex.

PAS[Ç]SOS disse...

a cela onde nos encerramos para fazer pesar os ponteiros dum tempo que corre no mesmo ritmo, mas que nos pesa como as pálpebras que teimam em não adormecer quando as lágrimas são eco do nó que nos ata a garganta.