quinta-feira, 29 de maio de 2008

Inferno de Dante

Eu estranha de mim mesma
Reflectida no espelho da vida
Não me reconheço...
Não sei quem sou!
Agora alegre, feliz, capaz
E de seguida negra, vulgar, irreconhecível!
Por onde ando?
Que caminhos percorro
Que espinhos me arranharam
Que fiz de mim...
Onde fica essa ponte
Por onde atravesso, desorientada
E os caminhos de ida e volta
Antes imutáveis e agora...
... Agora natureza perecida,
escuridão, desolação...
Os meus passos perdidos
E a minha mente percorrendo
O Inferno, como Dante.

Alex 29-05-2008

domingo, 11 de maio de 2008

Achado

Encontrei no meu caminho a dor...
Encontrei a morte...
... a desilusão.
Tropecei em cada pedra,
Caí e levantei-me
E voltei a cair, ferida...
Erguendo-me de seguida.
Cheguei aki marcada,
Cicatrizes visíveis e invisíveis...
Cheguei tatuada pela vida,
O olhar perdido e a boca amarga.
No meio do meu caminho,
Encontrei, sem ver, a luz!
Dançou diante de mim, revelou-se.
Banhou-me, penetrou-me
E sem que eu pudesse impedir...
... iluminou-me,
... iluminaste-me!
Alex 10-05-2008