Hoje a minha vida é
Uma melodia desafinada!
Que acordes tocaste no meu ser
Que despertaram esta imensidão de nada
Preencheram este espaço vazio
Desconhecido em mim.
Em que teclas pousaste os teus dedos
Com tanta doçura
Que despertaram luz e cor e som
E me desadormeceram para o sonho
De onde nasce essa melodia?
Em que parte de mim tocaste,
Para tanger com tal doçura
Amor...
Nunca ninguém arrancou de mim
Acordes suaves, como estes
Envolventes, sensuais
Derramados.
E eu envolta nesta mortalha de sons
Sufoco...
Jamais serei capaz de escrever o verso
Dizer a dor e a alegria.
Em que parte de mim encontraste o amor?
Se nem eu sabia que existia.
Lânguida dor de bem estar
Aperta-me o coração.
Dá-me palavras,
Dá-me caminhos,
Dá-me sentido,
Solta-me!
Linhas paralelas
Separadas por um fosso
Um espaço intransponível
Dissidente.
Vou perder-te,
Perco-me a mim.
Soltar de ti amarras invisíveis
Encarcerada em nós laçados por tuas mãos.
E como uma pauta de música
Melodia de sensatez,
Seguir à risca cada nota,
Deixar fluir a melodia em nós.
Alex 19/1/2008
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