sábado, 29 de dezembro de 2007

Pecados


Fecho os olhos, penso em ti
Sinto o cheiro, sinto o toque
Como se estivesses aqui.
Revolves os meus cabelos
Numa infindável carícia
Ao passares por mim os dedos
Carregados de malícia.
Abandono-me a um beijo,
Ao sentir a tua pele
E eu solto o meu desejo,
Esse pecado mortal
E sinto-te junto a mim
Carinhoso, sensual.

Alex 29/12/2007

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

O Mar da Vida


Vivo a vida como o mar
Embalo-me em certas ondas
Respiro o mesmo ar
Ainda que tu te escondas
Vou e venho com a maré
Banho-me na mesma lua
Procuro manter o pé
E seguir por esta rua
Mas o mar, tal como a vida,
Tem dias de tempestade
Despedaça-me a alma
Divide-me pela metade.
Ergo-me das profundezas
Brilha o sol à superfície
E revejo estas belezas
Ganho amor à minha vida
Tento nascer de novo
E caminho lentamente
Sem saber para onde vou
Mas sempre, sempre em frente.

Alex 8/10/98

Foto de Luís Pereira in, http://cumcatano.spaces.live.com/default.aspx

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Efémera


Eu sou como a areia da praia,
Sempre solta ao sabor do vento
Enrolada na espuma das ondas
Vou e venho como o tempo.
Sou como um fluido viscoso
Escapando-me por entre os dedos
Sempre que alguém me prender
Resvalo e fujo a correr
Sou a mais leve poeira
Que paira nas vossas vidas
Só assento quando quero
E nunca, se me convidas
Sou o fumo de um cigarro
Que se espalha pelo ar
Hoje sou doce, apetecível
Amanhã posso matar
Sou como um vinho de marca
Rubi de cor quente, pesado
Levemente aquecido
E com sabor a pecado

25/12/2007 Alex

domingo, 23 de dezembro de 2007

Beira Rio


Hoje o sol faz de ti
Um espelho em tons dourados
E eu adro estar aqui,
De pensamentos parados.
E as tuas águas tão límpidas
São reflexo da tua alma
Que se revela em pureza,
Lavada, despida e calma.
Aos meus olhos assomam lágrimas
De todo inexplicáveis
Que aumentam o teu caudal
De águas soltas, indomáveis.

Alex 13/6/2000

sábado, 22 de dezembro de 2007

Aldeia da Pena


Corpos enferrujados com alma de lousa negra, onde se gravam a giz lágrimas de gosto e desgosto.

Castelos na Areia

Os ventos da Primavera
Trazem pelo ar as memórias
Que como o pólen das flores
Geram vida, geram sonhos.
Sufocada de lembranças
Morro por água, por vida
Choro lágrimas de esperança.
E se na volta do tempo
Os sonhos não forem sonhos
Como vou saber viver
A dura realidade!
Não há castelo mais belo
Do que um castelo de areia
Mas desfaz-se com um gesto
Como um sonho à luz do dia.

Alex 10/5/2006

O mar


Vou deixar para trás o mar
Deixo uma parte de mim
Pois vivo para respirar
Esse odor que me enche a vida
De uma ternura sem fim.

E não sei como resisto
Dia a dia sem te ver
Não sei como não desisto
Pois sem ti não sei viver.

Parto, pois tenho que ir
Mas levo-te na minha'lma
P'ra quando a vida me fugir
Apelar à tua calma.

Alex-Algarve 7/3/2000
Foto de Luís Pereira (http://cumcatano.spaces.live.com/default.aspx)

O sonho

Deixa-me fechar os olhos
E sentir que estás aqui
Deixa-me sonhar contigo
Acordada ou a dormir
Que eu preciso do calor
Que me traz a tua imagem
Quero fingir que o amor
Me levou nessa viagem
Me embalou e adormeceu
Num sonho doce e profundo
No teu corpo me envolveu
E me levou para outro mundo
Onde podemos andar
Sem tocar com os pés no solo
Onde me quero perder
E adormecer no teu colo.

Alex 9/11/99

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Mar


Ponho os olhos neste mar
De cores lúcidas e fortes
É como voltar a amar
É colar os meus recortes
Mas não passa de uma ilusão
O sentir do meu não ser
É soltar a tua mão
É lutar, saber viver.


Alex s.d.

Foto de Luís Pereira in, http://cumcatano.spaces.live.com/default.aspx

Desespero

Eu queria ver mais longe,
Ver para lá do que tu mostras.
Saber do fundo de ti
Aquilo de que ainda gostas.
Arranca-te à letargia
Se me queres por mais um dia
Porque eu morro lentamente,
Se me tiras energia
Não me forces, nem me dobres
Não me prendas, nem me amarres
Que quando me soltares as asas
Eu regresso para te amar
Como um fogo violento!
Mas não me tentes dominar
Que eu não aguento o tormento
De ver a chama apagar.

Alex s.d.

sábado, 8 de dezembro de 2007

Sabores

Sabe a sal o meu sofrer,
Sabe a terra, sabe a mar
É viver e querer morrer
É lutar para não amar.
Fica na boca o sabor
Da amargura e da dor
Fica o gosto do teu beijo
Morre aqui o meu desejo.

Alex 9-10-98

...

Amor deixa-me morrer,
Nos teus braços, ternamente
É melhor do que viver
Nesta angústia permanente
Deixa pousar devagarinho,
No teu colo, o sofrimento
Abraça-me com carinho,
Acaba com este tormento!
Amor deixa-me reclinar
No teu ombro protector
Não peço, nem quero dar
A ninguém o meu amor!
Deixa apenas roçar-te o rosto,
Sentir-lhe cada detalhe
Absorver esse gosto
De apenas poder tocar-lhe.

Alex 23-10-98

Se...

Se hoje a neve cobrisse de branco tudo à minha volta, seria como sentir a morte avassalar-me.
Se o sol brilhasse intensamente e iluminasse o que me rodeia, o seu calor trazer-me-ia de novo à vida.
Se eu conseguisse chorar as lágrimas que recuso derramar, ou se conseguisse ver claro no meio do nevoeiro, ou se conseguisse fugir de mim própria.
Se eu pudesse, se assim fosse...
Alex 8-12-07

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Alanis Morissette - I'm a Bitch, I'm a Lover

I hate the world today
You're so good to me
I know but I can't change
tried to tell you but you look at me like maybe I'm an angelunderneath

innocent and sweet
Yesterday I cried
You must have been relieved to see the softer side
I can understand how you'd be so confused
I don't envy you
I'm a little bit of everything
all rolled into one

Chorus:
I'm a bitch, I'm a lover
I'm a child, I'm a mother
I'm a sinner, I'm a sai
nt I do not feel ashamed
I'm your hell, I'm your dream
I'm nothing in between
You know you wouldn't want it any other way

So take me as I am
This may mean
you'll have to be a stronger man
Rest assured that
when I start to make you nervous
and I'm going to extremes
tomorrow I will change
and today won't mean a thing

Chorus
Just when you think you've got me figured out
the season's already changing
I think it's cool you do what you do
and don't try to save me