sábado, 12 de outubro de 2013

E se...

E se o amor não doesse,
Seria amor?
Se não fosse posto à prova,
Se não testasse a resistência,
Ainda assim, seria amor?

Amor que fere, não é amor.
Amor que maltrata, não é amor.
Mas amor que dói,
Amor que magoa pela ausência,
Amor que sofre com a distância
Que suporta tempo e espaço apartados,
É amor, sim!

E na dor de te amar assim,
Tão próxima e tão distante
Vivo esta paixão em mim
Meu amor perene, constante.

Alex
12/10/2013

domingo, 19 de maio de 2013

Sinto-me só...

Sinto-me só
Invadida pelo silêncio perene do que me rodeia
Não me chegam as palavras dos outros
Nem as presenças alheadas dos que por aqui passam.

Sinto-me só
Porque me faltas nos gestos, nas palavras, nos beijos
Pesa-me a tua ausência como um fardo
Assolam-me todos os medos e inseguranças
Como se a vida fosse uma casca de noz
Vogando num mar imenso de tempestade

Sinto-me só
Pois só tu és conforto, carinho e vida
Só os teus braços me salvam de mim mesma
A tua força é a minha força, meu amor
Sinto-me prestes a quebrar
Porque sou frágil como vidro fino
Quem disse, algum dia, que eu sou forte?

Alex

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Palavras

As palavras dos meus poemas
São como notas de música
Toco os meus temas
Com a minha caneta
Numa sinfonia desenfreada
Um tanto pateta.
Com a mente  embrenhada
Nesta melodia estranha
Que me sai do pensamento,
Revela o momento
E me mostra confundida
É o som da minha vida,
Tocada à deriva.

Julho de 98

S/ Nome

Já lá vai a tempestade
Foi-se o vento, acalmou
E este barco que é a vida,
Já não balança, parou!
Navego em águas serenas
E sem grandes sobressaltos
Vejo a vida fluir
Por entre pinheiros altos.

Alma vazia

A alma vazia não transmite à escrita
Palavra feia ou palavra bonita.
Vê-se despida esta alma minha
Porque está calma e voltou à vida.
Não sinto vontade de coisa nenhuma
Sinto as horas passarem, uma por uma.
Vivo a noite num sono profundo
Que me faz esquecer o medo do mundo.
Para onde foi o tempo, que não o vi passar?
Foi-se... em passo lento.
E eu aqui, na turbulência de amar
Não vi que passou,
Não consigo acordar.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Distância

Ainda te lembras a que sabem os meus beijos?
Ainda sabes, em segredo, os meus desejos?

Procuro-te por entre as memórias,
Confesso-te nos meus pecados,
Relembro velhas histórias,
Vou colando os meus bocados.

E tu distante, intocável
Ainda me ferves no sangue
A mente incontrolável,
O corpo, de amar, enxangue.

E no fechar dos olhos,
Preenche-se esse vazio
Que tu deixas ao partir
E que me deixa suspensa,
Sem pé, sem ar, sem rir...

Alex 28-05-2012

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Antes que seja meia noite...

Antes que seja meia noite, quero que saibas…

Nada mais em mim será igual, agora que te tenho

Nada mais me fará voltar ao que já fui

Tudo em mim é futuro, desde que te conheci.

Antes que seja meia noite, quero que saibas

Que entre nós as barreiras não se elevam, caem

Os desgostos chorar-se-ão misturando o sal das nossas lágrimas

As alegrias serão para sempre, mútuas

Os verbos passarão a conjugar-se num tempo novo

Seremos o “futuro perfeito” do verbo amar

Antes que seja meia noite, quero que saibas

Que neste conto de fadas, faço de ti o meu príncipe encantado

Que sonho viver feliz para sempre, contigo

Que da vida espero muito mais, que uma maçã envenenada.

Antes que seja meia noite, meu amor

Quero que saibas que o que mais desejo

É que nunca se quebre o encanto entre nós

E que a vida nos dê o que tanto procurámos.

Antes que seja meia noite, querido

Quero que saibas que nada me fará desistir de ti

Antes que seja meia noite, quero dizer-te

Venham as doze badaladas, que te amarei para além do feitiço…

Alex 4-2-2012

sábado, 12 de novembro de 2011

Um dia...

Um dia acordei e descobri que era feliz. Um dia, acordei e tu estavas na minha cama, silencioso, presente. E essa presença enchia a cama, o quarto, enchia-me.


Um dia, acordei e tu não estavas na minha cama. Mas estava o teu cheiro, o teu calor e eu sentia, sem palavras ditas, nem gestos de carinho, que não estando ali, estavas. E a tua ausência, que enchia a cama e que enchia o quarto e que me enchia a mim, era apenas um momento no tempo.

Era o espaço por preencher, de um amor que, querendo toque e calor, sabia sobreviver à distância e à ausência.

Um dia acordei, e tu estavas na minha cama, quer fosse fisicamente ou não, estavas.

Um dia acordei, e tu eras parte de mim, presente, constante, entranhado.

Um dia acordei e nunca mais quis adormecer, porque dormir é estar longe de ti.

Um dia acordei e soube que a tua presença é amar.

Amo-te.

sábado, 22 de outubro de 2011

Imensidão

A imensidão só existe, porque é feita de pequenos pontos, um quase nada de coisa nenhuma. Por isso, as minhas palavras são nada, na imensidão do meu amor por ti.



Se eu quisesse iluminar o que sinto, não me chegariam todas as estrelas; se eu quisesse preenchê-lo, não me chegariam todos os grãos de areia, todas as gotas de água, porque o meu amor por ti é assim, enorme, feito de pequenas coisas, daquilo que, aos olhos dos outros, serão ninharias. E esse acumular de quase nada de coisa nenhuma, já não me cabe no peito, não se diz em palavras, nem em gestos, nem em beijos. Mas tudo isso junto, faz deste amor que te tenho, vasto, imenso...

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Deixa-me fechar os olhos...

Deixa-me fechar os olhos
E sentir que estás aqui
Deixa-me sonhar contigo
Acordada ou a dormir
Que eu preciso do calor
Que me traz a tua imagem
Quero sonhar que o amor
Me levou nessa viagem
Me embalou e me adormeceu
Num sonho doce e profundo
No teu corpo me envolveu
E me levou para outro mundo
Onde podemos andar
Sem tocar com os pés no solo
Onde me quero perder
E adormecer no teu colo.

Alex
Surgiste na minha vida
Bem no meio de um imenso caos
Ajustaste-te à minha medida
Foste subindo degraus
E quando me apercebi
Já te tinhas instalado
E eu dependia de ti
Para esquecer o meu passado
Eu não sei que tons usaste
Para colorir a solidão
Só sei que tu transformaste
Para sempre a desilusão
Numa esperança desmedida
De que um dia eu teria
Uma nova noção de vida
E cá estou depois de tudo
Ainda contigo a meu lado
Preenche-me o silêncio mudo
Do teu toque, meu amado.

Alex

You're the one




You're the one I think about
When my mind goes astray
You're the one who fills me out
Every moment of the day.
You're the piece that fits the puzzle
The little wheel on my engine
You're the reason for survival
Far beyond what I imagined.
You're the handle I'm attached to
To keep me from get insane
And for everything you do
I thank you and call your name.
Every since you catch my eye
With that warm and tender look
I could no longer deny
That my heart, you really took!

Alex

Vergonha

Dentro de mim angústia
Que não consigo explicar
É um medo, uma fúria
Um desejo de voltar,
Ao que era e sempre fui
Aquela de que me orgulhei
Agora que a vergonha infliu
Naquilo que me transformei.
Falsa, falsa, sem verdade
Como uma jóia fingida
Sinto na alma a ansiedade
Sinto-a de vermelho tingida
Pela vergonha e o rubor
Que me mostram como sou
Marcada por esta dor
Não valho, porque não dou!


Alex, VNT 14-06-1999

sábado, 13 de agosto de 2011

Sabes...



Sabes que te quero assim
Como se querem os amantes
Por entre mil beijos e carinhos?
Sabes que te procuro
No aroma dos meus lençóis
Nas noites longas, sem dormir?
Sabes que te desejo
Nas palavras loucas dos enamorados
Sussurradas por entre beijos?
Quero o teu peito colado a meu,
Os teus lábios brotando palavras sem sentido
Como só os que se amam sabem entender.
Quero os teus dedos entrelaçados nos meus,
Como promessas eternas,
Seladas pelo roçar da pele, um no outro.
Quero sentir que me cheiras os cabelos,
Balbuciando palavras roucas,
Buscando-me a essência.
Quero-te nos beijos mansos,
Em que o olhar comanda os lábios,
Em desenhos de desejo crescente.
Quero-te nas palavras que não te digo,
Por me ficarem presas na garganta,
Quando o amor que te tenho
Afoga todos os sentidos.
Simplesmente, quero-te!
Tu sabes...

Alex 13-08-2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Um dia...

E um dia…
Acordei, desperta para ti.
Algures, num espaço imaginário
Uma peça se encaixou no xadrez dos meus sonhos.
E desde esse dia, os sonhos são quase reais
Pois quase te vejo, quase te cheiro, quase te sinto.
E desse quase se iluminam os dias, as noites,
Desabrocha a escrita,
Prenhe de uma atoarda de palavras
Que confusas, dirijo em tua intenção.

Alex s/d

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Por uma noite...

Sonho com um beijo a saber a mar!
Uns lábios entreabertos, destemidos,
Como espuma das ondas revolteando na areia
Tocando devagar, elevando os sentidos...
Beijos impetuosos, como ondas de tempestade,
Beijos mansos, numa calmaria de maré
Numa paixão sem tempo e sem idade...
Sonho com dedos finos segurando-me os cabelos
Soltos ao vento, como algas ao sabor da corrente
Dedos que afagam, desejam, buscam...
Procurando reter esse amor, eternamente.
Sonho com uns braços fortes que me puxem
Num bailado ardente, de entardecer
Os corpos navegando lenta e suavemente
Num ondular desnudo até ver o dia amanhecer.
E sussurrar entre o ondular dos corpos,
Gritos roucos, pardacentos, perdidos no cais
Como vozes de gaivotas à solta
Soltando baixinho longos ais.

Alex 11-04-2011

terça-feira, 15 de março de 2011

Concurso Dar Voz à Poesia

Procuro-te...


Procuro-te...
Procuro-te nas horas perdidas dos meus dias, nas páginas dos livros que leio, nas entrelinhas. Procuro-te no odor das flores, na suavidade das pétalas, nas cores que vejo diante de mim... Procuro-te por entre os meus sorrisos, quando o sol brilha e por entre as minhas lágrimas, quando ele se esconde... Procuro-te nos outros, procuro-te em mim, nas minhas atitudes, na dedicação. E procuro-te no som do vento que me traz os teus murmúrios e mos segreda ao ouvido, escuto o timbre da tua voz ecoar na minha mente, sinto o cheiro do teu perfume, como um sonho distante... Procuro-te, para te reencontrar nesse beijo desesperado de quem esperou uma eternidade para te encontrar.

Alex 15-03-2011

segunda-feira, 14 de março de 2011

Gosto

Gosto quando passas por mim, como o vento pelos meus cabelos.

Gosto quando te sinto perto, tão perto que ouço o teu respirar...

Gosto quando, como quem não quer a coisa, tocas com a tua mão na minha, docemente...

Gosto quando a tua voz soa baixinha, só para mim.

Gosto quando o meu olhar cruza o teu e o sustentas, sorrindo.

Gosto quando estás por perto...

E gosto que, quando não estás, te faças presente.

Simplesmente, gosto!

12-03-2011 Alex

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Gosto de ti…

Gosto de ti assim, na madrugada fria…
Quando os corpos se juntam, se amam.

Gosto de ti assim, pela manhã…
Límpido e impoluto, ainda por ser.

Gosto de ti assim, pelo calor da tarde…
Pleno de luz e cor, como um quadro acabado de pintar.

Gosto de ti assim ao fim do dia…
Quando o amor se põe em nós, como o sol.

Gosto de ti assim, ao luar…
Quando me arrestas os beijos que dou
Num doce encanto de querer amar.

Alex 9-2-2011